sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Amor não escolhe idades [16º Capitulo]

Os dias foram passando e Lúcia e Sam iam ficando cada vez mais próximos o que deixava muita gente atónito. Cada vez se encontravam mais, iam mais vezes sair ah noite, basicamente era quase como fazer uma vida a dois. Até que certo dia, Sam levou Lúcia para um sitio calmo, perto de onde moram e quando chegaram ela ficou estupefacta com o sitio, pois era um sitio tão calmo que até se ouvia o som dos grilos e onde o céu era tão limpo que se conseguia ver as estrelas.
Sam pediu a Lúcia para sair do carro e foram sentar-se na bagageira do carro dele, contemplando as estrelas e nesse momento Sam pôs o seu braço por cima de Lúcia e seus olhos voltaram a cruzar-se num género de pedido de algo.
Lúcia não reagiu pois com aquele belo lugar e aquela companhia mais parecia um conto de fadas, até que ele se libertou dos seus medos e beijou-a nesse preciso momento, sem que ela pudesse dizer nada mais.
Ela não reagiu e deixou-se levar pelos seus sentimentos que tinham crescido ascendentemente por ele.

- Lúcia queria perguntar-te uma coisa. 
- Pergunta. - Disse ela ainda um pouco sem fôlego 
- Queria perguntar se aceitas namorar comigo? Mas eu sei que para ti pode ser ainda . . .

Lúcia não deu tempo a Sam de continuar o que ia dizer e beijou-o com o restante fôlego que tinha.

- Sim aceito! 

Nesse momento, aquele dia ficou marcado para o resto da noite. Parecia que tudo o que tinham sonhado se tinha realizado e que ao fim de tantos anos de expectativa e de medo, o sonho dele tinha-se concretizado e tinham passado a ser um so.
Ficaram ali os dois, a contemplar aquele belo lugar, onde tudo tinha comecado, onde aquele amor, que para Sam ja seria impossivel, se tornou em algo unico.
As horas foram passando e ambos não deram conta que o tempo tinha voado e quando olharam para o relógio era tardíssimo.
Sam levou Lúcia a casa, mas sempre desculpando-se de não ter tomado atenção às horas e que o culpado era ele, mas ela sempre a dizer-lhe para não se preocupar.
Chegados a casa dela, despediram-se com um beijo único e fogoso que deixou os dois sem respiração. A espera tinha sido tanta que já não aguentavam mais estar longe um do outro.
Pouco depois de Sam a ter deixado em casa, Lúcia recebe uma mensagem dele

 De: Sam "A noite de hoje ficou marcada para sempre. Depois de tanta espera, agora sei que estamos juntos. Dorme bem minha princesa. GMDT"
De: Lúcia "Pois ficou marcada e para sempre ficará. Sei que esperaste muito mas como sabes nem tudo pode ser feito ou pensado de cabeça quente. Dorme bem tb meu principe. Tb GMDT"

[continua]

domingo, 17 de junho de 2012

Amor não escolhe idades [15º Capitulo]

As horas foram passando e eles não deram conta que já se fazia tarde. Acabaram por ir jantar os dois para não perderem fio à meada. Falaram de tudo um pouco, desde a saída de Sam para o estrangeiro, os problemas que Lúcia tivera enquanto ele esteve fora e também o que sucedeu com ela e o Nelson.
Sam fez uma surpresa a Lúcia visto que vira que ela estava um pouco em baixo, mas vira que seu telemóvel não parava de tocar pois Nelson se sentira mal pelos seus ciumes, mas ela não lhe dava hipóteses de se desculpar e ela o perdoar.

- Podias largar o telemóvel por um pouco, sei que é o Nelson, mas não devias dar parte fraca. 
- Sim eu sei. Mas eu gostei bastante dele, mesmo depois do que sucedeu, devia de dar uma segunda oportunidade, porque sei que não fez por mal. 
- Mas Lúcia ele fez uma cena de ciumes. 
- Sim eu sei Sam. Mas como já te disse tenho a cabeça a trabalhar a mil à hora. Nem sei o que pensar. 
- Relaxa. Eu tenho uma surpresa para ti. Pode ser que te anime enquanto estivermos aqui. Assim não pensas em coisas que não deves. 

Seguiram caminho e lá foram eles direitos à praia. Chegados à praia, ela nem queria acreditar na surpresa dele. Ficara espantada como ele a conhecia tão bem ao fim de tantos anos longe da sua amiga.

- Gostaste da surpresa? 

Ela nem falou. Estava tão espantada que nem uma palavra conseguiu dizer. Nesse momento Sam puxou-a para perto dele e abraçou-a. Ela não esperava o que ele lhe fizera mas encostou a cabeça dela no peito dele, sentindo o batimento cardíaco de Sam. Estava a bater rápido demais para aquele momento. Naquele momento, Sam decidiu chegar ao pé do ouvido dela e sussurrar-lhe o quanto a adorava e o quanto gostava que ela estivesse ali. Nesse mesmo instante ficou frente a frente a ela, beijando-a sobre os encantos da lua. Lúcia nem queria acreditar que tudo o que sentira por Nelson se tinha desvanecido. Parecia que tudo era tão mágico, tudo era único.
Quando se largaram, Lúcia sentou-se num sitio à beira-mar, cabiz baixo e pensativa. Sam percebeu que algo não estava bem e foi ter com ela.

- Que se passa Lúcia?
- Sabes, isto tudo. Nem acredito no que me fizeste agora. E tudo o que sentia foi-se. 
- Tudo o que sentias? Como assim? 
- Tudo o que sentia pelo Nelson. Foi-se num piscar de olhos. Parece que com ele só me sentia insegura e não tinha esperança de vida. E contigo. . . Num simples beijo. . . Senti mais que isso. 
- A sério? Então mas tu estavas tão decidida a dar uma segunda oportunidade ao Nelson e como um beijo meu foi mudar isso tudo?
- Sabes como conheci o Nelson, logo não posso esperar algo dele, pois não o conheço assim tão bem como parece. Pode dizer que esta arrependido mas pode não estar e querer brincar comigo como se fosse um boneco que ele usa e deita fora. 
- Pois isso sempre poderá acontecer. Mas sabes Lúcia, eu desde que me fui embora não tive oportunidade de te dizer uma coisa que guardo comigo até ao dia de hoje e que nunca tive coragem de te dizer pois tinha receio da tua resposta ou da tua atitude. 
- Então diz lá o que se passa. Já me estas a deixar impaciente.
- Eu sempre gostei de ti, pois foste aquela miúda que eu sempre achei bonita embora as outras pessoas não achassem, sempre gostei da tua maneira de ser, sempre te achei a ideal para mim. Mas o medo me consumiu e não me deixou falar. Sabes que desde que nos conhecemos já passamos por tanto que já nem me lembro quantas peripécias tivemos. Mas também sei que posso não ser o teu ideal, mas mesmo não sendo isso eu estou cá para tudo o que necessitares. Não deixarei de ser teu amigo só porque não queres nada comigo. 
- Pois eu agora queria apenas um pouco de paz na minha vida. Ando com preocupações e problemas. Mas se o tempo disser que és o ideal nem penso duas vezes. Acredita!

Os olhos de Sam brilhavam depois do que ela disse. Pois sabia que ela tinha gostado dele, quando andaram na mesma escola, mas como não conseguia exprimir o que sentia, então deixou ficar para um momento mais próximo. Abraçaram-se novamente e ficaram a apreciar a vista.

[continua]

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Amor não escolhe idades [14º Capitulo]

Aquela noite foi a melhor da vida deles que quando deram conta já era de manhã. Despacharam-se e Nelson foi levar Lúcia a casa. Chegados à porta, despediram-se calorosamente e fervorosamente que se esqueceram onde estavam. A felicidade era tanta que os consumia por dentro.
Lúcia entra em casa mais ainda nem acreditara na surpresa que Nelson lhe tinha feito. Parecia um conto de fadas. Aquele lugar magnifico, aquele ambiente propicio, simplesmente aquela noite. Como todos os dias, combinaram ir beber café à mesma pastelaria. Encontraram-se na pastelaria mas nisto a Lúcia recebeu uma mensagem. Não era muito normal, mas enquanto lia a mensagem, ela esboçava um sorriso. Isso deixou-o um pouco relutante, pois não era muito normal ela fazer uma coisa daquelas.
Enquanto tomavam café, o telemóvel dela não parava de tocar. Ai Nelson passou-se.

- Quem é que te está a mandar mensagens meu amor? É que parece que não nos quer deixar namorar à vontade.
- Desculpa bebe mas é um amigo meu que foi para fora e agora voltou para nos fazer uma surpresa. E esta a perguntar-me se ainda vivo na mesma casa. Desculpa. 
- Sabes que não temos muito tempo juntos e ainda estas as mensagens? 
- E que problema tem? Desculpa lá mas eu tenho direito de responder quando me der na cabeça. Tu também quando recebes uma mensagem de alguém teu conhecido ou familia respondes e eu não me queixo. Não sei porque estas a fazer um drama. 
- Eu? Um drama? Desculpa mas eu quero passar algum tempo contigo mas parece que sou colocado em 2º plano. Penso que o que fiz ontem não devia ter feito. 
- Ah estas arrependido? Então que mesmo que acabe neste momento estas-te nas tintas. 
- Não, não estou nas tintas. Mas fui passado para 2º plano porque um amigo teu veio visitar onde viveu. E eu não tenho paciência para estar a ser 2º opção de ninguém. 
- Pois bem. Então finge que eu nunca existi. Pois não tenho cabeça para estar a ouvir a tua estupidez. Fica bem. Tchauuuu


Lúcia deixou Nelson no café sozinho, pois ela não queria aguentar o facto de ele apenas pensar nele e não ter o minimo de amor por ela. A caminho de casa, ouviu alguém a chamar pelo nome dela, mas com um sotaque um pouco diferente do que estava habituada. Olhou para trás e era o seu amigo que tinha ido para outro pais. Ele iria a casa dela, pois queria fazer uma surpresa.

- Então Lúcia, porque essa carinha? 
- Desculpa Sam, mas acabei de vir do café e não tive lá um bom fim de dia. 
- Então mas podes contar-me como já sabes à muito tempo. Não precisas de esconder essa carinha. Vá, conta-me o que se passa. 


Lúcia contou-lhe o que se tinha passado, pois Sam não era o culpado do rompimento de Lúcia e Nelson mas sentia-se um pouco desconfortável, pois tinha mandado mensagem na altura errada. Mas mesmo assim Sam não a desanimou. Convidou-a para jantarem fora visto que ele iria estar na cidade durante 3 meses mas queria aproveitar para estar com a sua confidente de longa data, mais tempo possível derivado a ter saído do pais.

[continua]

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Amor não escolhe idades [13º Capitulo]

Ela achou estranho o convite de Nelson pois já tinham ido a quase todos os sítios onde ambos conheciam, mas nunca pensou que ele conhecesse uns quantos mais calminhos.
Ela aceitou e lá combinaram ir os dois. Quando ele chegou, ela entrou no carro dele e foram sem rumo por ai fora até que ele para o carro.

- Anda linda. Chegamos!
- Mas viemos para onde? Não é onde moras? 
- Shiuuuu! Não digas nada e segue-me. 

Lúcia foi com ele, mas sem saber de nada. Nisto entram dentro de um género de salão escuro e ela começa a ficar assustada pois não sabia o que poderia sair dali. Deram mais uns passos lá dentro e nisto ele solta a mão dela, fazendo-a desesperando. Nesse preciso momento ele acende a luz e Lúcia fica estupefacta. Estavam numa sala onde há volta dela só havia pétalas de rosa, corações de papel e escrito no chão dizia "Namoras Comigo?".

- Isto é lindo. Claro que namoro contigo tonto. 

Ele nem conseguiu dizer nenhuma palavra, simplesmente esboçou um sorriso e foi ter com ela. Naquele preciso momento beijam-se como se não houvesse amanhã. Ela ainda não queria acreditar que ele tivesse aquele trabalho todo. Nunca pensara que ele fizesse aquilo tudo e ainda por cima para um pedido de namoro. Ela continuava estupefacta com a situação pois depois da magoa que passara, não contava com uma surpresa deste calibre.

- Vamos até minha casa linda?
- Por mim sim. Mas queria aproveitar mais o tempo que estou aqui pois foi magnifico o que fizeste por mim. 
- Fiz isto tudo graças a ti e ao amor que tenho por ti. És-me especial bebé. 
- Vamos dar uma volta pela praia? O tempo esta óptimo. 
- Vamos lá. 

Dirigiram-se à praia, para um passeio romântico, a lua reflectia na água, as ondas do mar muito calmas, era o ambiente perfeito. Sentaram-se perto do mar, abraçados um ao outro. Aquela noite era o início de algo lindo e forte como amor deles. Via-se nos olhos deles que o amor deles, era poderoso, que vencia qualquer barreira, que a química que tinham era enorme. Deitaram-se na areia a ver as estrelas que rodeavam a lua e envolveram-se ali mesmo.

[continua]

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Amor não escolhe idades [12º Capitulo]

Lúcia combinou o tal café com o tal rapaz para que Miguel pudesse conhece-lo. No dia em que Lúcia combinara com o rapaz, estavam lá todos. O rapaz ficou espantado pois não esperava que Lúcia levasse o seu irmão ou amigo, com ela, não sabendo o rapaz que Miguel gostava de Lúcia mais do que uma irmã. 
Encontram-se os 3 à porta da pastelaria onde combinaram. 

- Olá Nelson. Desculpa ter trazido o meu irmão mas ele não se calava com o facto de querer conhecer o amigo que me manda imensas mensagens.
- Olá Lúcia. Não faz mal. Eu não me importo. Sou o Nelson, e tu?
- Olá sou o Miguel, o irmão da Lúcia. 
- Entramos? Estou cheia de sede. 

Entraram na pastelaria e Miguel sentou-se logo, pois não podia correr riscos derivado ao acidente que teve. 

- Então como correu o trabalho, Nelson? 
- Correu bem. Um pouco a correr mas nada que já não esteja habituado. 
- Em que trabalhas já agora? Se puder saber. - Questionou Miguel
- Trabalho numa transportadora. 
- Hum compreendo. Então e como deixaste que a minha irmã te encanta-se?
- Não sei. Talvez pelo momento. Eu ia distraído a ver umas coisas para um fornecedor e ela esbarrou comigo como eu com ela. E nesse momento quando olhei para ela, ela estava toda atarantada e não conseguia dizer uma única palavra. E foi ai que ela me encantou. 
- E ai trocaram números? 
- Sim, trocamos números. Eu sei tanto quanto ela que era perigoso mas ela encantou-me de tal forma que pensei logo para mim que não a podia deixar escapar. E nestes dias tenho descoberto que ela é uma rapariga fantástica. 

A conversa foi-se desenrolando até que Miguel recebe uma chamada e viu que era a sua mãe pois estava preocupada porque não sabia onde o seu filho tinha ido. As horas tinham passado e eles nem repararam que já se fazia tarde. Lúcia pediu desculpa mas tinha de levar Miguel a casa pois tinha acordado com os pais dele que o ajudava no que fosse necessário. Nelson compreendeu e não levou a mal. 
Mal eles se separaram Nelson mandou mensagem a Lúcia. 

De: Nelson "Adorei o dia de hoje. Mesmo que tivesses trazido o teu irmão mas amei estar contigo meu amor."
De: Lúcia "Ainda bem que gostaste do meu irmão. Ele andava sempre a chatear-me a cabeça para te conhecer. Desculpa mas foi só para não o ouvir mais." 

Depois de Lúcia deixar Miguel, foi até sua casa para descansar mas sempre falando com Nelson. Parecia que a química entre eles estava a tornar-se mais do que isso. Lúcia começara a sentir mais do que uma simples química e do que uma simples amizade. Começara a sentir algo mais forte por ele, pois depois do que passou com o João, precisava de sentir mais do que uma simples amizade, precisava de sentir carinho, amor, atenção por parte de alguém de quem ela gostasse. 
Os dias foram passando e os dois foram-se aproximando cada vez mais. As meras mensagens passaram a ser mais do que isso, encontros mais do que muitos, caricias trocadas então nem se fala. Pareciam estar a viver um conto de fadas. Nelson parecia a pessoa ideal para Lúcia.
Um belo dia, Nelson convida Lúcia a sair com ele, pois ele queria dizer algo a Lúcia mas para isso tinha de ser num sitio único e lindo.

[continua]

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Amor não escolhe idades [11º Capitulo]

Os dias tornavam-se todos muito aborrecidos para Miguel, pois ele adorava sair, poder ver os seus amigos, estar em convívio mas durante a rua reabilitação sabia que não podia fazer nada disso a menos que os seus amigos fossem visitá-lo. Lúcia ia lá dar-lhe o almoço e era a sua única companhia pois se não fosse ela, ele não teria nada para fazer.
Chegava-se a hora de almoço e Lúcia entrava no quarto de Miguel para lhe levar algo para ele comer. Só que nesse momento, o telemóvel de Lúcia tocou e Miguel espantou-se pois era raro ela receber mensagens de alguém a menos que fosse de colegas de escola.
Rapidamente Lúcia viu a mensagem e enquanto respondia, Miguel viu que ela sorria para a mensagem. Estranhando isso começou a pensar para com ele o porquê dela estar tão interessada na mensagem mas pouco nem se deu ao trabalho de perceber o que se passava ali.
Passado uma semana, Miguel já estava quase recuperado e já se sentia em condições de ir à escola. Aquela semana que ele tivera tinha sido uma época muito chata pois os exames estavam à porta e ele não tinha apanhado a matéria.
Mas uma coisa continuava na cabeça de Miguel, quem seria a pessoa mistério a quem a Lúcia estava a mandar a mensagem no outro dia? Terá sido algum colega da turma dela? Terá sido algum amigo que ela tem que eu não tivesse tido oportunidade de o conhecer? Ou será algum rapaz género João que ao fim de um tempo deixou-a?
Estas perguntas vagueavam na cabeça de Miguel, pois Lúcia para ele era mais do que uma amiga, era como se fosse uma irmã.
Enquanto Miguel ia a caminho para casa, encontra Lúcia com um rapaz desconhecido, em um clima pouco normal para amigos. Ele agarrando.lhe nas mãos, todo carinhoso, todo afável. Estranhou e aquela perguntas que vagueavam na sua cabeça continuavam mas agora com outros significados. Será que ela anda com outra pessoa na qual não me quis contar para não me magoar? Será que ele apenas a está a usar? Será que ele será a pessoa certa para ela? Mas ele deixou isso de lado pois quem tinha de decidir era ela, não ele e continuou o seu caminho até casa, quando de repente ouve alguém a chamá-lo.

- Então como estás?
- Estou bem e tu?
- Também estou óptima. Vais para casa?
- Sim eu vou para casa, não consigo estar muito tempo em pé e como agora não posso andar de carro por um tempo, fico por casa. Queres vir?
- Posso ir. Eu também ia ver como estavas e fazer-te um pouco de companhia por isso, acho que posso fazer companhia à mesma. 


Caminharam os dois em direcção a casa do Miguel, mas o telemóvel de Lúcia não parava de receber mensagens. Ele estranhou isso pois não era muito normal mas tinha medo de perguntar pois ela podia ficar chateada com ele e depois de a ter visto com aquele rapaz, podia associar uma coisa à outra e assim não haveria problemas nenhuns.

- Miguel, somos amigos há muito tempo e acho que te devia de contar uma coisa pois és mais do que um amigo para mim, és o meu confidente e como um irmão para mim. 
- Conta estás a deixar-me preocupado. 
- Já deves ter reparado que o meu telemóvel há um tempo para cá que tem tocado mais que o normal não já? 
- Sim já mas como achei algo normal, não associei ao que fosse. 
- Pois o que te quero contar é o seguinte, eu conheci um rapaz há pouco tempo por mero acaso quando eu ia na rua, pois sabes como sou distraída e ia estava a ver as horas para ir para tua casa, ajudar-te como prometi aos teus pais, quando de repente embati contra um rapaz, que coitado ia lá na vida dele e eu sem querer, dei-lhe um encontrão. E parece desde então foi química. Trocamos de números de telefone, sim eu sei que ele na altura era um estranho, mas agora parece outra pessoa. 
- Lúcia sabes que o que fizeste foi errado? 
- Sim eu sei, mas ele é tão carinhoso, tão atencioso, mais que o que o João foi. Combinamos no outro dia um café por isso é que ouviste o telemóvel a tocar acredites ou não, acho que estou a começar a gostar dele. 
- Mas Lúcia, não achas cedo de mais? 
- Tens razão mas eu não sei o que se passou comigo ou que se passa comigo para fazer isto. 
- Muito bem, vou tentar entender o teu lado e queria que combinasses um café com ele, mas dizendo-lhe que eu também iria, pois como irmão que sou, devo desde já ver se ele vale a pena ou não. 
- Está bem. Vou agora mandar-lhe mensagem a marcar o café. 


[continua]

Amor não escolhe idades [10º Capitulo]

Miguel continua internado no hospital mas os médicos disseram que ele iria recuperar os sentidos dentro em breve e que não tinha havido complicações derivado ao coma. Os pais de Miguel e Lúcia ficaram contentes pelas noticias pois Lúcia sabia que era a responsável por Miguel ter tido aquele acidente. Lúcia ficou no quarto com Miguel visto que queria ser a primeira pessoa que ele visse quando acordasse. No dia seguinte, Miguel acordou e deparou-se com Lúcia com a cabeça deitada sobre a cama onde ele estava. Espantado chamou a enfermeira e de imediato veio alguém em seu auxilio. Miguel pedira se não fosse possível colocarem a amiga mais confortável visto que ela tinha adormecido ali mesmo. Colocaram-na mais confortável e assim que saíram do seu quarto, ele pensava em várias hipóteses de como ela tinha sabido que ele estava ali naquele quarto de hospital esquecendo-se que os pais dele conheciam Lúcia. Miguel não hesitou e apreciou Lúcia dormindo como um anjinho. Pouco tempo depois Lúcia acorda e depara-se com Miguel acordado a vê-la dormir.

- Estás acordado à muito tempo?
- Estou à tempo suficiente de te ver dormir. Explica-me uma coisa Lúcia. Como soubeste que eu estava aqui?
- Soube pelas recepcionistas do hospital. Como eu era o último número marcado no teu telemóvel ligaram para mim e eu avisei os teus pais. 
- Então e porque ficaste tu aqui e não os meus pais? 
- Eu falei com eles e ficava aqui contigo até ter boas noticias do teu lado. Preferi ser eu a ficar aqui do teu lado quando acordasses. 
- Lúcia, desculpa não ter atendido o telemóvel e nem te ter dito nada. Sei que fui burro mas sabes que eu não sabia como reagir aque. . . 
- Shiu Miguel não digas mais. Eu é que devia ter reagido de outra forma e não devia ter sido brusca contigo mas sabes que terminei à pouco tempo uma relação e não estou pronta para ter uma neste momento. Perdoa-me Miguel da maneira como te falei.
- Oh Lúcia não sejas tola. Claro que te perdoo. Porque não te ia perdoar depois de teres passado uma noite no hospital sem te pedir nada? Claro que te perdoo e a partir de hoje não vou forçar nada. O que tem de acontecer, acontece. Tudo a seu tempo. 


Lúcia ficou sem palavras. As palavras de Miguel tinham dito tudo e nesse momento Lúcia abraçou-o como se não houvesse amanhã pois sabia que desta ele se tinha safado mas se o embate fosse maior talvez não se salvasse e depois ela ficaria com o peso na sua consciência pois sabia que não tinha falado com ele e nem ele a tinha perdoado.
Após dois dias hospitalizado, Miguel volta para casa, mas sem poder ir a lado nenhum pois o acidente tinha-o debilitado muito e o médico aconselhara-o a não fazer muitos esforços e tentar descansar o máximo que pudesse.
Lúcia comprometeu-se que assim que pudesse iria dar o almoço a Miguel pois sabia que era o mínimo que lhe podia fazer depois do acidente que ele tivera por sua culpa.

[continua]