- Estás acordado à muito tempo?
- Estou à tempo suficiente de te ver dormir. Explica-me uma coisa Lúcia. Como soubeste que eu estava aqui?
- Soube pelas recepcionistas do hospital. Como eu era o último número marcado no teu telemóvel ligaram para mim e eu avisei os teus pais.
- Então e porque ficaste tu aqui e não os meus pais?
- Eu falei com eles e ficava aqui contigo até ter boas noticias do teu lado. Preferi ser eu a ficar aqui do teu lado quando acordasses.
- Lúcia, desculpa não ter atendido o telemóvel e nem te ter dito nada. Sei que fui burro mas sabes que eu não sabia como reagir aque. . .
- Shiu Miguel não digas mais. Eu é que devia ter reagido de outra forma e não devia ter sido brusca contigo mas sabes que terminei à pouco tempo uma relação e não estou pronta para ter uma neste momento. Perdoa-me Miguel da maneira como te falei.
- Oh Lúcia não sejas tola. Claro que te perdoo. Porque não te ia perdoar depois de teres passado uma noite no hospital sem te pedir nada? Claro que te perdoo e a partir de hoje não vou forçar nada. O que tem de acontecer, acontece. Tudo a seu tempo.
Lúcia ficou sem palavras. As palavras de Miguel tinham dito tudo e nesse momento Lúcia abraçou-o como se não houvesse amanhã pois sabia que desta ele se tinha safado mas se o embate fosse maior talvez não se salvasse e depois ela ficaria com o peso na sua consciência pois sabia que não tinha falado com ele e nem ele a tinha perdoado.
Após dois dias hospitalizado, Miguel volta para casa, mas sem poder ir a lado nenhum pois o acidente tinha-o debilitado muito e o médico aconselhara-o a não fazer muitos esforços e tentar descansar o máximo que pudesse.
Lúcia comprometeu-se que assim que pudesse iria dar o almoço a Miguel pois sabia que era o mínimo que lhe podia fazer depois do acidente que ele tivera por sua culpa.
[continua]
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