quarta-feira, 16 de maio de 2012

Amor não escolhe idades [11º Capitulo]

Os dias tornavam-se todos muito aborrecidos para Miguel, pois ele adorava sair, poder ver os seus amigos, estar em convívio mas durante a rua reabilitação sabia que não podia fazer nada disso a menos que os seus amigos fossem visitá-lo. Lúcia ia lá dar-lhe o almoço e era a sua única companhia pois se não fosse ela, ele não teria nada para fazer.
Chegava-se a hora de almoço e Lúcia entrava no quarto de Miguel para lhe levar algo para ele comer. Só que nesse momento, o telemóvel de Lúcia tocou e Miguel espantou-se pois era raro ela receber mensagens de alguém a menos que fosse de colegas de escola.
Rapidamente Lúcia viu a mensagem e enquanto respondia, Miguel viu que ela sorria para a mensagem. Estranhando isso começou a pensar para com ele o porquê dela estar tão interessada na mensagem mas pouco nem se deu ao trabalho de perceber o que se passava ali.
Passado uma semana, Miguel já estava quase recuperado e já se sentia em condições de ir à escola. Aquela semana que ele tivera tinha sido uma época muito chata pois os exames estavam à porta e ele não tinha apanhado a matéria.
Mas uma coisa continuava na cabeça de Miguel, quem seria a pessoa mistério a quem a Lúcia estava a mandar a mensagem no outro dia? Terá sido algum colega da turma dela? Terá sido algum amigo que ela tem que eu não tivesse tido oportunidade de o conhecer? Ou será algum rapaz género João que ao fim de um tempo deixou-a?
Estas perguntas vagueavam na cabeça de Miguel, pois Lúcia para ele era mais do que uma amiga, era como se fosse uma irmã.
Enquanto Miguel ia a caminho para casa, encontra Lúcia com um rapaz desconhecido, em um clima pouco normal para amigos. Ele agarrando.lhe nas mãos, todo carinhoso, todo afável. Estranhou e aquela perguntas que vagueavam na sua cabeça continuavam mas agora com outros significados. Será que ela anda com outra pessoa na qual não me quis contar para não me magoar? Será que ele apenas a está a usar? Será que ele será a pessoa certa para ela? Mas ele deixou isso de lado pois quem tinha de decidir era ela, não ele e continuou o seu caminho até casa, quando de repente ouve alguém a chamá-lo.

- Então como estás?
- Estou bem e tu?
- Também estou óptima. Vais para casa?
- Sim eu vou para casa, não consigo estar muito tempo em pé e como agora não posso andar de carro por um tempo, fico por casa. Queres vir?
- Posso ir. Eu também ia ver como estavas e fazer-te um pouco de companhia por isso, acho que posso fazer companhia à mesma. 


Caminharam os dois em direcção a casa do Miguel, mas o telemóvel de Lúcia não parava de receber mensagens. Ele estranhou isso pois não era muito normal mas tinha medo de perguntar pois ela podia ficar chateada com ele e depois de a ter visto com aquele rapaz, podia associar uma coisa à outra e assim não haveria problemas nenhuns.

- Miguel, somos amigos há muito tempo e acho que te devia de contar uma coisa pois és mais do que um amigo para mim, és o meu confidente e como um irmão para mim. 
- Conta estás a deixar-me preocupado. 
- Já deves ter reparado que o meu telemóvel há um tempo para cá que tem tocado mais que o normal não já? 
- Sim já mas como achei algo normal, não associei ao que fosse. 
- Pois o que te quero contar é o seguinte, eu conheci um rapaz há pouco tempo por mero acaso quando eu ia na rua, pois sabes como sou distraída e ia estava a ver as horas para ir para tua casa, ajudar-te como prometi aos teus pais, quando de repente embati contra um rapaz, que coitado ia lá na vida dele e eu sem querer, dei-lhe um encontrão. E parece desde então foi química. Trocamos de números de telefone, sim eu sei que ele na altura era um estranho, mas agora parece outra pessoa. 
- Lúcia sabes que o que fizeste foi errado? 
- Sim eu sei, mas ele é tão carinhoso, tão atencioso, mais que o que o João foi. Combinamos no outro dia um café por isso é que ouviste o telemóvel a tocar acredites ou não, acho que estou a começar a gostar dele. 
- Mas Lúcia, não achas cedo de mais? 
- Tens razão mas eu não sei o que se passou comigo ou que se passa comigo para fazer isto. 
- Muito bem, vou tentar entender o teu lado e queria que combinasses um café com ele, mas dizendo-lhe que eu também iria, pois como irmão que sou, devo desde já ver se ele vale a pena ou não. 
- Está bem. Vou agora mandar-lhe mensagem a marcar o café. 


[continua]

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