domingo, 17 de junho de 2012

Amor não escolhe idades [15º Capitulo]

As horas foram passando e eles não deram conta que já se fazia tarde. Acabaram por ir jantar os dois para não perderem fio à meada. Falaram de tudo um pouco, desde a saída de Sam para o estrangeiro, os problemas que Lúcia tivera enquanto ele esteve fora e também o que sucedeu com ela e o Nelson.
Sam fez uma surpresa a Lúcia visto que vira que ela estava um pouco em baixo, mas vira que seu telemóvel não parava de tocar pois Nelson se sentira mal pelos seus ciumes, mas ela não lhe dava hipóteses de se desculpar e ela o perdoar.

- Podias largar o telemóvel por um pouco, sei que é o Nelson, mas não devias dar parte fraca. 
- Sim eu sei. Mas eu gostei bastante dele, mesmo depois do que sucedeu, devia de dar uma segunda oportunidade, porque sei que não fez por mal. 
- Mas Lúcia ele fez uma cena de ciumes. 
- Sim eu sei Sam. Mas como já te disse tenho a cabeça a trabalhar a mil à hora. Nem sei o que pensar. 
- Relaxa. Eu tenho uma surpresa para ti. Pode ser que te anime enquanto estivermos aqui. Assim não pensas em coisas que não deves. 

Seguiram caminho e lá foram eles direitos à praia. Chegados à praia, ela nem queria acreditar na surpresa dele. Ficara espantada como ele a conhecia tão bem ao fim de tantos anos longe da sua amiga.

- Gostaste da surpresa? 

Ela nem falou. Estava tão espantada que nem uma palavra conseguiu dizer. Nesse momento Sam puxou-a para perto dele e abraçou-a. Ela não esperava o que ele lhe fizera mas encostou a cabeça dela no peito dele, sentindo o batimento cardíaco de Sam. Estava a bater rápido demais para aquele momento. Naquele momento, Sam decidiu chegar ao pé do ouvido dela e sussurrar-lhe o quanto a adorava e o quanto gostava que ela estivesse ali. Nesse mesmo instante ficou frente a frente a ela, beijando-a sobre os encantos da lua. Lúcia nem queria acreditar que tudo o que sentira por Nelson se tinha desvanecido. Parecia que tudo era tão mágico, tudo era único.
Quando se largaram, Lúcia sentou-se num sitio à beira-mar, cabiz baixo e pensativa. Sam percebeu que algo não estava bem e foi ter com ela.

- Que se passa Lúcia?
- Sabes, isto tudo. Nem acredito no que me fizeste agora. E tudo o que sentia foi-se. 
- Tudo o que sentias? Como assim? 
- Tudo o que sentia pelo Nelson. Foi-se num piscar de olhos. Parece que com ele só me sentia insegura e não tinha esperança de vida. E contigo. . . Num simples beijo. . . Senti mais que isso. 
- A sério? Então mas tu estavas tão decidida a dar uma segunda oportunidade ao Nelson e como um beijo meu foi mudar isso tudo?
- Sabes como conheci o Nelson, logo não posso esperar algo dele, pois não o conheço assim tão bem como parece. Pode dizer que esta arrependido mas pode não estar e querer brincar comigo como se fosse um boneco que ele usa e deita fora. 
- Pois isso sempre poderá acontecer. Mas sabes Lúcia, eu desde que me fui embora não tive oportunidade de te dizer uma coisa que guardo comigo até ao dia de hoje e que nunca tive coragem de te dizer pois tinha receio da tua resposta ou da tua atitude. 
- Então diz lá o que se passa. Já me estas a deixar impaciente.
- Eu sempre gostei de ti, pois foste aquela miúda que eu sempre achei bonita embora as outras pessoas não achassem, sempre gostei da tua maneira de ser, sempre te achei a ideal para mim. Mas o medo me consumiu e não me deixou falar. Sabes que desde que nos conhecemos já passamos por tanto que já nem me lembro quantas peripécias tivemos. Mas também sei que posso não ser o teu ideal, mas mesmo não sendo isso eu estou cá para tudo o que necessitares. Não deixarei de ser teu amigo só porque não queres nada comigo. 
- Pois eu agora queria apenas um pouco de paz na minha vida. Ando com preocupações e problemas. Mas se o tempo disser que és o ideal nem penso duas vezes. Acredita!

Os olhos de Sam brilhavam depois do que ela disse. Pois sabia que ela tinha gostado dele, quando andaram na mesma escola, mas como não conseguia exprimir o que sentia, então deixou ficar para um momento mais próximo. Abraçaram-se novamente e ficaram a apreciar a vista.

[continua]

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