segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amor não escolhe idades [5º Capitulo]

Chegada a casa, Lúcia não consegue parar de pensar que Miguel a beijou. Mas realmente o coração dela pertencia a João. Ela só pensava nele. Ficava em estado eléctrico quando recebia alguma mensagem de João.

Nesse momento ela olha para o telemóvel e vê que João lhe está a ligar.

J: Lúcia tens um tempinho?

L: Tenho porque?

J: Eu sei que vieste hoje de ferias mas eu queria estar contigo. Pode ser?

L: Pode ser sim. Daqui a 5 minutos e encontramo-nos ao fundo da minha rua.

J: Ok então até já.

Lúcia despacha-se na maior velocidade e apressa-se a ir ter com João que já a esperava no seu carro. Ela entrou no carro e assim que ela entra dá-lhe um beijo fervoroso que a deixa sem palavras. Foram para um sitio calmo à beira-mar. Caminharam sobre a areia naquele fim de tarde espectacular e quando Lúcia pára em frente de João.

- João preciso de te contar uma coisa. Não sei se vais gostar mas preciso mesmo.

- Que foi Lúcia?

- João eu gosto muito de ti, passei esta semana toda a pensar em ti, não sei mais que fazer. Não me sais da cabeça.

- Mas minha linda, sabes eu também gosto muito de ti, mas preciso de pensar. São 11 anos que nos separam. Se tivesses um pouco mais de idade, dava-se a volta.

- Mas João, sabes que o amor não escolhe idades. E como tal acho que não é necessário se dar a volta a nada. Basta nós gostarmos um do outro e não há problemas.

- Isso pensas tu Lúcia.

Nesse momento Lúcia senta-se na areia, e fica pensativa. João sem saber o que haveria de fazer, senta-se também ao lado dela, metendo-lhe o braço por cima dela pois corria uma brisa suave. Olharam um para o outro e nesse momento quando deram conta, estavam selando aquele dia com um beijo. A partir desse momento João sabia que Lúcia sentia algo por ele e que nem queria acreditar. Estava beijando uma rapariga com mais 11 anos que ela.

João afasta Lúcia e pergunta-lhe:

- É isto que queres?

- É e será.

- Mas sabes os riscos que corres?

- Sei sim e quero corre-los na mesma.

- Ainda bem.

A partir desse dia, começou a bela história deles. Os pais de Lúcia quando a viram chegar a casa desconfiaram do sorriso que ela trazia na cara e perguntaram-lhe o que se passava com ela.

- Que tens Lúcia para estares assim tão sorridente? – Diz Sofia curiosa

- Nada apenas o dia correu-me bem. – Disfarça Lúcia

- Hum isso trás água no bico. Mas está bem não vou fazer perguntas. Se não queres contar não contes.

Lúcia segue para o seu quarto e vê uma mensagem de João.

De: João “Meu anjo, adorei o dia de hoje. Espero que também tenhas gostado. Amo-te”

De: Lúcia “Claro que gostei meu principe. Amei o dia de hoje contigo. Amo-te”

Deita-se na cama, sonhando acordada, depois daquele dia excelente com a pessoa que ela ama. Ficou ali horas sonhando acordada até que sua mãe vem ao seu quarto dizer-lhe para ir jantar.

- Filha, demoras muito?

- Diz mãe. Não estava cá.

- Que se passa filha? Estas diferente desde esta tarde.

- Sabes mãe é complicado de dizer que não sei se vais aceitar ou não.

- Diz filha. Sabes que a mãe nunca se opôs as tuas ideias ou aos teus interesses.

- Mãe, sabes eu tenho andado assim porque gosto de uma pessoa.

- Que bom filha. E quem é ele? É o Miguel?

- Não mãe, não é o Miguel.

- Então quem é ele?

- Chama-se João, tem mais 11 anos que eu. Conhecemo-nos naquele dia em que eu fui à discoteca. É um querido. Não deixou nenhum rapaz se aproximar de mim. Nem um rapaz que me quisesse fazer mal.

- Oh filha e por isso é que não querias contar? Isso é tão bom filha. Só que sabes que o teu pai pode não ser a favor dessa relação pois ele é menos liberal que eu.

- Pois mãe, eu sei que sim. Mas veremos se eles se dão bem ou não.

- Filha qualquer dia pedes ao João para vir cá jantar. Assim o nos conhecemo-lo.

- Está bem mãe. Eu vou falar com ele.

As duas desceram para jantar mas Lúcia esquecera-se que João lhe iria ligar então deixou o telemóvel no quarto enquanto jantava. Quando acabara de jantar, ela lembrou-se que ele lhe iria ligar e quando olhou tinha varias chamadas e mensagens a perguntar se estava tudo bem com ela. No momento em que Lúcia lhe ia responder a uma delas, João liga.

J: Pensava que te tinha acontecido algo amor.

L: Não amor. Não aconteceu nada. Apenas esqueci-me do telemóvel no quarto e quando me lembrei já tinha imensas chamadas tuas.

J: Lembrei-me se não querias ir beber um café comigo agora?

L: Posso ir amor. Queres vir buscar-me a casa ou queres no sitio do costume?

J: Por mim pode ser á tua porta. Não me importo. Mas porque perguntaste?

L: Eu depois digo sim?

J: Ok amor. Então espera que te dê um toque. Beijos

L: Beijos

Como combinado João chega à porta de Lúcia e dá-lhe um toque. Ela entra no carro dele e voltam-se a beijar com fervor. Foram a um café sossegado perto de casa dele. Tudo parecia uma maravilha quando João se lembra de que Lúcia tinha algo para lhe dizer.

- Então que me tinhas a dizer?

- Ah é que falei á minha mãe que namoramos.

- Lúcia estas doida? Supostamente não era para ser já.

- Pois mas eu não aguentei e contei. O facto é que a minha mãe aceitou. Só falta saber o meu pai.

- Ainda bem que a tua mãe aceitou mas porque é que o teu pai não aceitou?

- Porque o meu pai não sabe ainda. Não lhe contei e a minha mãe também acho melhor não lhe contar até que fosses jantar lá a casa.

- Jantar lá a casa?

- Sim jantar lá a casa. Porque? Estás com problemas?

- Já vi que com a tua mãe não mas com o teu pai sim.

- Então mas não fiques assim que o meu pai tem de aprender que a filha já não é nenhuma criança.

- Pronto está bem. Então e para quando é esse jantar?

- Não sei tenho de falar com a minha mãe mas também preciso de saber quando te dá jeito.

- Por mim qualquer altura dá.

Saíram do café mas como já era tarde, João sugeriu irem para casa dele passar a noite. Chegaram a casa dele e Lúcia não queria acreditar. A casa era espaçosa e toda ela arrumada. Nunca vira uma casa daquelas tão bem arrumada.

- A tua casa é muito bonita.

- Obrigada. Tento o mínimo que esteja sempre arrumada. Nunca se sabe quando virá alguém fazer uma visita.

- Pois isso é sempre. A mim acontece-me sempre cada vez que tenho a casa para arrumar.

- Mas deixemos isso. Queres ver um filme?

- Por mim pode ser. Mas antes posso ir à varanda?

- À varanda? Fazer o quê?

- Fumar um cigarro.

- Sim podes ir. Não á problema.

Enquanto Lúcia foi fumar um cigarro, João foi á cozinha preparar qualquer coisa para comerem quanto viam o filme. Quando acabou o cigarro, foi para a sala e sentou-se no sofá esperando que João se despachasse. Começaram a ver o filme e João não sabia o que fazer. Não sabia se a havia de agarrar, se havia de a deixar ali sentada e concentrada.

Ganhou coragem e abraçou-a. E ali ficaram até que a meio do filme, Lúcia olhou para João e seus lábios se uniram numa paixão quente e louca. Tocaram no corpo um do outro mas de repente João afastou Lúcia.

- É isto que queres Lúcia?

- Isto o quê?

- Ir mais além do que só isto.

- Sim João. Não faças mais perguntas.

Voltaram a beijar-se calorosamente. Ela sentia a pele macia dele contra a sua, ele começou a tirar-lhe a camisola enquanto lhe beijava o pescoço. Ela esperando aquele momento sobe a camisola dele sentindo ainda mais a sua pele e seus músculos fortes contra si. Ele agarrou-a e sentou-a no colo dele sem deixar de a beijar. O clima foi aquecendo à medida que sentiam o toque de cada um. Para Lúcia aquele momento era o que ela mais esperava. Ela sentia que amava João e que João também a amava.
Depois daquele momento, ambos adormeceram no sofá bem enroscadinhos um no outro.

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